sábado, 9 de outubro de 2010

Os Ventos de Mudança

No meio da rua, com as mãos nos bolsos, contemplo o que se encontra à minha volta. Tento sentir tudo, até o mais pequeno pormenor. Fecho os olhos. Ouço o barulho dos pneus dos carros a andarem pelo asfalto, as buzinas, as vozes de dezenas de pessoas, todas misturadas. Sinto as pingas de chuva a baterem-me no pescoço e o vento a bater na minha cara e a despentear-me o cabelo. O vento frio e desconfortável. Há muito tempo que me sinto incomodado por este vento. Num rápido flash, tenho uma percepção da minha vida. Existem coisas que têm de ser mudadas com o tempo. Apesar de muita coisa já ter mudado, apesar da minha garra e determinação que antes me caracterizavam terem voltado e apesar de ter deixado para trás muitas coisas que só me prejudicavam a vida, sinto que ainda há algumas mudanças a ser feitas. Nessas mudanças eu não posso interferir, senão já o teria feito, com certeza. Só há uma existência (ainda que abstracta) que pode fazer essas mudanças acontecer: o tempo. E com o tempo, algumas coisas irão mudar... para melhor. Os ventos de mudança vão começar a soprar.

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