quarta-feira, 9 de junho de 2010

Tempo Perdido

Sentado no chão, vejo o tempo a passar por mim. Tenho frio, mas não tenho forças para me levantar. Os problemas atiraram-me ao chão de novo Serei o único que não consegue deixar de ser deitado abaixo completamente? As dúvidas e dilemas surgem na minha cabeça como se fossem balas disparadas de uma metralhadora. Agarro-me a memórias do passado, mas sou puxado de novo para o furacão de perguntas sem resposta que me atormenta e deprime todos os dias. Já me disseram, em diversas ocasiões, que devia aproveitar mais a vida e viver todos os dias como se fossem o último. Por vezes desejo que fosse. E continuo aqui, sentado no desconfortável chão a observar o tempo que perdi a passar. Oito meses é muito tempo. Enquanto o tempo corre, eu sou cada vez mais puxado para baixo, para um abismo onde cada vez vejo menos luz. Nesse escuro e silencioso lugar, a minha vida parece apenas tempo perdido. A luz desaparece gradualmente e dá lugar à assustadora escuridão. Odeio a vida... ou será que é ela que me odeia? Espero um dia saber a resposta para esta pergunta.

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