terça-feira, 13 de julho de 2010

Imaginação

Acordo. Estou deitado de boxers numa cama partida. A janela está aberta. Os raios de sol entram pelo quarto em que me encontro, iluminando-o. Ouço pessoas a conversar e carros a passar. A cidade já acordou há muito tempo. Tenho umas dores de cabeça descomunais, e nem falo das dores de pescoço. Sinto que estou a dormir há muito tempo. Esfrego os olhos, abro-os de novo e sinto-me aliviado porque estou num lugar familiar. O quarto é o meu, a cama partida é a minha. Contemplo o tecto sujo do meu quarto, iluminado pela luz do sol. Tento pensar no dia anterior, mas nada me ocorre. Não me lembro. Bem, não importa. Olho para o lado da cama, vejo uma mulher nua, completamente envolvida no seu sono. Não me lembro de a ter conhecido. Saio com todo o cuidado da cama, mas toco numa garrafa de cerveja, que cai e derruba as outras nove com um efeito dominó. O barulho das garrafas entra-me pelos ouvidos a um volume muito alto, o que agrava as minhas dores de cabeça. A mulher que se encontrava nua na minha cama acorda e começa a gritar, em pânico. Só tapo os ouvidos para a minha cabeça não explodir de dores. Tento ignorar, enquanto ela me grita e me manda coisas. Saio do quarto e corro para a casa-de-banho, enquanto deito abaixo mais algumas garrafas de cerveja. Pego em duas Aspirinas e engulo-as, juntamente com um copo de água, à espera que me ajude na minha batalha contra as dores de cabeça. Olho-me no espelho. Estou despenteado e com batom na cara. Acho que já percebi o que aconteceu. Dou uma vista de olhos pelo resto da casa, tento não pisar o resto das garrafas, e, ao chegar à sala, contemplo três homens de boxers, agarrados a instrumentos musicais e a dormir profundamente. Começo a ver o panorama da situação a alargar. Volto para o quarto e fumo um cigarro, enquanto fecho os olhos. A mulher que estava na minha cama pergunta quem eu sou vezes sem conta. Olho para o relógio, são 5 da tarde. Depois de fumar o meu cigarro... não me lembro de mais nada até acordar nesta mesma cadeira. São 6 da manhã. Terá aquela situação toda sido real, ou apenas fruto da minha imaginação?

Acho que estou apenas aborrecido e decidi escrever sobre qualquer coisa completamente estúpida, fictícia e aleatória. Preciso mesmo de uma vida.

Sem comentários:

Enviar um comentário